Amo-te com falhas de concordância verbais, com palavras que nem existem (como podia existir algo que nos descrevesse quando nós ainda não existíamos?), com construções gramaticais despropositadas; amo-te com verbos no lugar de nomes, com adjectivos no lugar de advérbios, com singulares no lugar de plurais. E é por isso que posso dizer «céu-te» ou «parasempre-te» ou até «eternamente-te». Porque me estou bem borrifando para algo que não seja saber que é isto, só isto, que te pode dizer quando estás em mim.
Quando alguém te disser que escrevo literatura quando te escrevo deixa-me. Já deixei de te amar há muito.
Quando alguém te disser que escrevo literatura quando te escrevo deixa-me. Já deixei de te amar há muito.