Depois da adrenalina, o sono. A alma a pousar, lenta, na almofada de
nada querer. O dever cumprido, o sorriso obsceno de quem sabe que fez
bem. De quem sabe que fez a diferença. Viver é ter a certeza de que é
possível fazer a diferença, obrigar à mudança. Nem que seja de uma só
pessoa, nem que seja de um só gesto, nem que valha um só abraço. Viver é
fazer a diferença. As palavras que se perdem da boca e que se deixam
cair no que não se diz. Quero tanto dizer o que ninguém disse. Amo-te como nunca ninguém te disse. Amo-te como é impossível dizer. E está dito.
Pedro Chagas
Freitas in 'Queres casar comigo todos os dias, Bárbara?'
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