Enquanto juntamos retalhinhos...ouvimos doces melodias...

sábado, 22 de março de 2014

Recomeçar devia ser tão mais fácil.
Devia. Mas não é.
A gente erra uma vez, duas, três.
Sofre, desacredita, encolhe, mas jura que aprende, e que está pronto para o novo.
Até que ele acontece, normalmente surgido do acaso.
Às vezes acanhado e fugidio, mas sempre convidativo e tentador.
E há uma possível (e incrível) chance de sermos felizes mais uma vez.
E a gente quer.

Mas é exatamente aí que surge o medo.
Antes do esboço de um novo sorriso, antes que nossas mãos se estendam para o toque, para a troca.
O medo é o truque, o troco, o troço...
e está sempre ali, afetando meu julgamento, nascido das historias tortas que ficaram pelos caminhos.

Torço então para que Deus me proteja desse maldito medo empírico, porque recomeçar devia mesmo ser mais fácil, e porque não quero mais ver minhas coragens derretendo.
Quero entrar na boca desse dragão, caminhar dentro dele ignorando a possibilidade de me dissolver. Quero enfrentar o monstro até que eu me sinta em paz.
O medo é feito de um silêncio resignado,
e não é isso que eu quero.
Eu quero o amor.
E o amor é para os fortes.

(Solange Maia)


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