Enquanto juntamos retalhinhos...ouvimos doces melodias...

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Peço-te que me devores ou então que me abandones.
Quando sentires que falta algo terás a certeza de que falta tudo, porque nenhum copo meio cheio me preenche, porque nem sequer um copo quase cheio pode matar o que te preciso.
A única rotina entre nós é a de irmos até à insensatez do que nunca experimentamos, inventar inocências que ainda não perdemos, estádios de evolução que nenhum Homem sabe que existem, e se algum ser superior existir vai ficar deprimido quando
Daqui a pouco chega a hora de ir.
Eu vou para a minha casa, tu vais para a tua.
Foi a maneira que encontramos de nos tornarmos raros, preciosidades humanas que passamos o dia a querer viver.
Não fazemos promessas, não exigimos todo o tempo, não encontramos uma palavra ou várias que nos possam definir, não acreditamos na capacidade de haver julgamento justo para o que nenhuma lei conseguiria encerrar.
Queremo-nos quando um de nós o decide, amamo-nos quando um de nós precisa amar.
Sabemos que é pouco para quem tanto se quer.
Mas é apenas o que sabe a pouco que nos mantém vivos.
O que morre primeiro: não amar ou amar demais?


Pedro Chagas Freitas
in 'Prometo Falhar'

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