Enquanto juntamos retalhinhos...ouvimos doces melodias...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Tá certo. Tá tudo certo. O mundo tá girando, as ondas estão dobrando, a lua não caiu do céu, as estrelas estão lá, todas alinhadas, já é noite nas calçadas, do lado de cá, do planeta, enquanto do lado de lá, já é amanhã, e o mundo não acabou. Ainda.
Tá certo. Tá tudo certo. Deu sol. Fez calor. Depois choveu. E era água. E a água era fresca. Atenta. Ninguém vem com marca na testa. A vida continua uma festa. Todos estão ligados. Alguns como eu, equivocados, os sonhos continuam a vagar, e o ar, ainda resta, enquanto pela fresta se confirmam, enganos, encantos, e a eternidade de cada um.
Tá certo. Tá tudo certo. Houve tropeço. Houve o avesso. Houve o suspense. Sempre travesso. Houve verso. Houve o controverso. Houve o inverso do que poderia ter sido. Houve o que não foi. E houve o que poderia ter sido. Em alguma onda gravitacional que na recombinação, cedeu à emoção e fez feliz algum coração.
Tá tudo certo. Tá tudo certo mesmo que pareça errado. Mesmo que a coisa não tenha rolado. Mesmo que o joelho esteja ralado por mais uma queda, mesmo que o carinho venha em forma de espinho, mesmo que tenha doído, mesmo que o moinho tenha rodado pro outro lado, o lado que não vai ser contado, porque o planeta roda, gira sem parar, e ninguém vai se importar se a dor é sua, se a lágrima molha a face, e a face é sua, se sua alma fez-se nua, e crua ou duramente, ela muda,  sua mente chama, cansou da chama:
 _ se aquieta!, deixa passar, deixa ir, tá tudo certo, tudo está no seu devido lugar. A lua no céu. As estrelas. A noite. E o amanhã. Que não deve tardar.

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