Enquanto juntamos retalhinhos...ouvimos doces melodias...

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Morreste-me. 

Mas a memória guarda-me o teu cheiro, 

as tuas mãos e o teu sorriso. 

Estás em nós e eu estou em ti.

Eu jamais seria eu sem a tua presença

constante na minha vida.

Comparência que eu gostaria de poder prolongar.

Mantenho a memória acesa com

pedaços de imagens que me fazem sorrir.

Deixaste-te ficar em tudo

os teus movimentos,

o eclipse dos teus gestos.

E tudo isto é agora pouco para te conter.

Agora, és o rio e as margens e a nascente

és o dia, e a tarde dentro do dia,

e o sol dentro da tarde

és o mundo todo por seres a sua pele.

(José Luís Peixoto)

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