Enquanto juntamos retalhinhos...ouvimos doces melodias...

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Talvez …

O tempo que perdemos, por estarmos tão longe, se resgate …
Talvez, o brilho das estrelas te ilumine o caminho até mim, e que eu possa estar no postigo da lua à tua espera
Talvez o calor do sol me aqueça o regaço, para não morrer de frio enquanto tu não chegas e me dês aquele abraço
Talvez no crepúsculo de cada dia, as cores inebriantes do céu, escrevam o teu nome, e desta vez espera que eu chegue, para escrever, o meu ao lado do teu
Talvez as cores do arco-íris, me levem ao colo até ti, e encham a minha alma, que agora está tão negra, e a pincelem com a pitoresca tinta
Talvez voltes quando o verão chegue, acarinhada que foste no bailado da primavera
Talvez não me deixes no inverno, pois o teu doce outono será por mim aquecido
Talvez as ondas do mar, em dia de nortada, me levem a ti, logo pela madrugada
Talvez num ato senil, o meu grito se faça ouvir, depois de tantos anos a falar sozinho e finalmente me possas sentir.
Talvez o perfume das mil rosas plantadas no meu jardim, perfumem enfim os nossos lençóis, quando te deitares junto a mim
Talvez um dia leias a minha alma, ao abrires o baú, das tantas cartas que sozinho escrevi, em intermináveis noites calmas
Talvez um dia te inebries, com o sabor doce alcoolizado, deste amor, que durante tanto tempo, andou embriagado
Talvez, um dia percebas que sempre estive ao teu lado, na espera de te ter, e tu nesse mesmo instante não me queiras mais perder
Talvez amanhã, não seja tarde, porque o ontem já passou e hoje a esperança mantem-se em te amar
Talvez, assim desta forma, a minha vida possa continuar com a certeza, que o talvez se perdeu no tempo …
Naquele tempo em que talvez, também tu andaste perdida


(Emília Mendonça)

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